200 países, 200 anos e 1 efeito curioso


Pobreza já teve um significado objetivo: pobre era quem não tinha condição de atender suas necessidades mais básicas. Boa parte daqueles chamados de pobres hoje em dia vive melhor que os de antigamente e até melhor do que os ricos de séculos atrás.

Uma premissa básica dos anticapitalistas é ignorar que o status inicial de todo mundo, a igualdade de oportunidades inicial, já existe e é a pobreza. O vídeo ilustra esse ponto perfeitamente bem: no começo todos os países estavam no mesmo canto, igualmente pobres. O que vemos ao longo de 200 anos de estatísticas são países abandonando a pobreza inicial — e note que ao se moverem pra cima eles não empurram os demais pra baixo com isso. É triste que alguns países ainda não os tenham alcançado no canto de cima do gráfico, mas a solução certamente não é recriminar ou tentar puxar de volta aqueles que se distanciaram de tal pobreza inicial.

No mesmo sentido, por outra fonte:
Fonte: https://ourworldindata.org/grapher/world-population-in-extreme-poverty-absolute

Como se pode ver em ambos os casos, há cada vez menos pobres. No entanto, o fato de o capitalismo permitir que tantas pessoas estejam acima da pobreza objetiva parece, para certos críticos, apenas realçar o fato de que algumas pessoas ainda estão nessa condição. Gera-se assim um curioso efeito: quanto MENOS pobreza há, MAIS histeria se cria em volta dela.